A exemplo do Estado do Maranhão,
os bravos policiais potiguares nem sequer baixaram a poeira direito e já
partiram para nova frente de batalha. É que o Estado do São de Paulo se
levantou contra a política do presidente Getúlio Vargas, em julho de 1932, cujo
movimento recebeu o nome de Revolução Constitucionalista.
Por solicitação do governo
federal, uma companhia comandada pelo capitão Severino Elias Pereira, no dia 5
daquele mês de julho, embarcou de trem, passando pelo Recife, com destino ao
Rio de Janeiro.
No campo de batalha, no
território paulista, tombou ferido de morte o segundo tenente Alberto Gomes, da
tropa do Estado do Rio Grande Norte, que fora num segundo comboio. O
A intentona comunista
Perto das oito horas da noite do
dia 23 de novembro de 1935, tropas do Exército pertencentes ao 21º BC aderiram
ao movimento comunista, com várias ramificações no país.
Bem armados, os rebeldes fardados
prenderam diversas autoridades militares, inclusive do Exército, e marcharam
para o Quartel da Força Pública, onde encontraram heróica resistência, apesar
de um efetivo reduzido de 50 homens, ao qual somou o coronel do Exército José
Otaciano Pinto e o tenente Bilac de Farias, da Força Policial, este, teve acesso
ao quartel passando pelo meio do fogo inimigo.
Bilac de Farias penetrou no meio
dos comunistas, fazendo-se de um deles. Para confundi-los, o oficial, de
pistola em punho, atirava contra o quartel da força policial até ultrapassar o
inimigo
Conheci Bilac de Farias, que
chegou a ten-coronel cirurgião-dentista,
e pedira demissão da corporação para assumir uma cadeira de sua especialidade
na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Ele, com um luzeiro nos olhos e
voz trêmula de emoção e já passando dos 60, nos contou esta história, no
programa SBSS em foco, na Rádio Rural de Natal, que tinha a direção e locução
dos diretores da Sociedade Beneficente dos Subtenentes e Sargentos da Polícia
Militar, no final da
Com o quartel cercado, os
policiais enfrentaram 19 horas de incessante fogo. Aquartelada e sem temor, a
tropa lutou com destacado patriotismo. Com arrojada determinação, sem
alimentação e água, e em momento algum, nenhum soldado demonstrou fraqueza,
posto que o sangue patriótico lhe pulsava forte.
O pior, contudo, aconteceu...
Esgotara-se a munição. Foi disparada a última bala, portanto, o último
cartucho. O major Luiz Júlio (comandante geral) e o coronel José Otaciano Pinto
reuniram a tropa. E, segundo o
historiador, constataram a baixa do soldado Luiz Gonzaga, que teve morte
instantânea, além de quatro feridos.
Naquele momento..., o que fazer?
Enfrentar as armas rebeldes seria suicídio. Sem munição, a tropa instruída
pelos dois oficiais superiores consegu…
O ponto forte que favoreceu a
resistência no interior do quartel, sem dúvida, foi o alto grau de disciplina e
companheirismo dos quais a tropa se achava portadora.
Os comunistas da farda estavam
certos de uma vitória esmagadora sobre as tropas legalistas, pois,
simultaneamente, atacaram a Casa de Detenção e o Quartel do Esquadrão de
Cavalaria,
NOTA DO AUTOR DESTE TRABALHO:
Sobre Luiz Gonzaga, apontado como
soldado, não tem procedência, pois, por longo tempo, fiz uma pesquisa nos
arquivos da DP, quando o Cel Rocha Silva era o seu diretor, porém, para minha
surpresa, encontrei a inclusão do presuposto militar nos livros de
assentamentos, mas dias após o ataque do
Quartel da Força Pública, retroagindo a
uma data antes da ocupação comunista, coisa mais do que absurda, considerando
que a corporação não precisava fazer herói sem existir, sendo a Força Pública
detentora de tantas vitórias.
SUBTENENTE JÚLIO RIBEIRO
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